- Tem pão velho?
Essa coisa de pedir pão velho sempre me incomodou desde criança.
Na adolescência descobri que pedir pão velho era dizer:
- me dá o pão que era meu e ficou na sua casa.
Olhei para aquela criança tão nostálgica e perguntei:
E o papo prosseguiu, até que eu lhe disse:
Esta resposta caiu como um raio.
Eu tive a sensação de ter absorvida de toda a solidão e a falta de amor desta criança.
Deste menino de apenas Nove anos, já sem sonhos, sem brinquedos, sem comida, sem escola e tão necessitado de um papo, de uma conversa amiga.
Que poder tem o gesto de falar e escutar com amor!
Alguns anos já se passaram e continuam pedindo "pão velho" na minha casa e eu dando "pão novo", mas procurando antes compartilhar o pão das pequenas conversas, o pão dos gestos que acolhem e promovem.
Este pão de amor-Ágape não fica velho, porque é fabricado no coração.
O Ágape nos faz entender em pequenos gestos, em pequenas palavras no Ágape, no amor generoso, no amor doação, você transforma vidas.
Um forte Ágape!!!!
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