sábado, 12 de novembro de 2011

A pureza interior adquire-se num processo cuidadoso e exigente

Estamos mais uma vez diante da admirável pregação de Jesus que move e comove a todos. Sua Palavra penetra até o fundo dos corações, ao ponto de até os fariseus sentirem-se na obrigação de convidá-lo para o banquete.

Estranho é notar que, sobre a doutrina do Mestre, eles não se questionavam, mas quando se tratava de coisas superficiais como o mero lavar as mãos antes de comer, eles ficavam escandalizados como se “o lavar ou não lavar” fosse questão de vida ou morte. Então, a resposta d’Aquele que verdadeiramente convida os homens para o Banquete das Núpcias Eternas não se faz esperar: “Vocês, fariseus, lavam o copo e o prato por fora, mas por dentro estão cheios de violência e maldade. Seus tolos! Quem fez o lado de fora não é o mesmo que fez o lado de dentro? Portanto, deem aos pobres o que está dentro dos seus copos e pratos, e assim tudo ficará limpo para vocês”.

O homem tocado e envolvido pela Palavra de Jesus se transforma numa pessoa íntegra, que faz e mostra o que traz em seu coração. Isto exigirá deste mesmo homem uma pureza interior.

A pureza não ocorre por acaso nem brota da noite para o dia. O apóstolo Pedro compara-a ao processo de depuração do ouro (1Pedro 1,6-7), no qual o ourives tem de aquecer esse metal várias vezes para que as impurezas e ligas venham à superfície e, assim, ele possa removê-las.

Isto nos leva a concluir que a purificação é um processo. Contudo, não basta desejarmos ser puros. E mesmo que sejamos sinceros e nos empenhemos duramente, isso não é suficiente. Precisamos ter o propósito de sermos conforme à imagem de Seu Filho (Rm 8,29).

Jesus deixou bem claro que é impossível servir a dois senhores. “Onde estiver nosso tesouro, aí estará também o nosso coração” (Mt 6,21). Na luta pela formação de um caráter santo, precisaremos guardar no coração certos elementos e barrar a entrada de outros. Quem não cuida bem de seu coração está se predispondo a ter problemas. Quem o guarda com todo cuidado, vence. O único fator que pode impedir que um homem se entregue à impureza é o intenso amor pela pureza interior. Portanto, lave e guarde a sua mente, o seu coração – e não somente as suas mãos – e você será verdadeiramente puro.

http://blog.cancaonova.com/homilia/2011/10/11/a-pureza-interior-adquire-se-num-processo-cuidadoso-e-exigente/

OFERTÓRIO DA MISSA

O Ofertório é a parte da Missa, logo a seguir à Oração dos Fiéis, em que o Pão e o Vinho, e outras oferendas, bem como a colecta da Comunidade, são apresentados sobre o altar pelo sacerdote celebrante e que hão-de ser transformados no Corpo e Sangue de Cristo.

No Missal antigo (de S. Pio V, chamado "Tridentino")o Ofertório era considerado uma das três partes principais da Missa, (com a Consagração e a Comunhão do sacerdote).

As cinco orações que acompanhavam este rito, no Missal antigo, datam apenas da Idade Média e refletem a duplicação de algumas partes do Cânon Romano.

A cerimónia de oferecer Pão e Vinho desenvolveu-se e difundiu-se a partir de um rito simples que depois foi elaborado no rito do dito Missal de S. pio V (1566-1572).

Presentemente ao Ofertório da Missa com que começa a LITURGIA EUCARÍSTICA, chama-se o Rito da Preparação das Oferendas, segundo a (Instrução Geral do Missal Romano) que diz :

49. - É de louvar a apresentação do pão e do vinho pelos fiéis. Embora, hoje em dia, os fiéis já não ofereçam do seu próprio pão e vinho para a celebração litúrgica, como se fazia noutros tempos, no entanto, o rito desta oferta conserva ainda o significado espiritual.

Além do pão e do vinho, são permitidas ofertas em dinheiro e outros dons, destinados aos pobres ou à Igreja, e tanto podem ser trazidos pelos fiéis como recolhidos dentro da lgreja.

50. - A procissão em que se faz a apresentação dos dons é acompanhada do canto do Ofertório (...) A antífona do Ofertório, se não é cantado, omite-se.

Estes textos são muito mais breves do que os do antigo Missal.

Antigamente os fiéis ofereciam os seus frutos, mas hoje tudo é substituído por dinheiro, não só por ser mais fácil e mais acessível, mas também porque nem toda a gente tem as suas terras para colher os frutos.

Todavia o significado é o mesmo porque é o fruto do trabalho e além disso, os fiéis, como membros da Comunidade têm que contribuir para as despesas da Igreja e para a sustentação do clero em cumprimento do 5º Preceito da Igreja :

O quinto Preceito ("Contribuir para as despesas do culto e para a sustentação do clero segundo os legítimos usos e costumes e as determinações da Igreja"), aponta aos fiéis a obrigação de, conforme as suas possibilidades, "prover às necessidades da Igreja, de forma que ela possa dispor do necessário para o culto divino, para as obras apostólicas e de caridade e para a honesta sustentação dos seus ministros".

Mas, para além do cumprimento do 5º Preceito da Igreja, o Ofertório é a contribuição dos fiéis para o Sacrifício Eucarístico, que o celebrante apresenta sobre o altar como «fruto da terra e do trabalho do homem» e «como fruto da videira e do trabalho do homem», que é também a contribuição dos fiéis para o «Banquete Eucarístico».

Segundo o significado desta contribuição, duas coisas deviam ficar bem presentes no pensamento e no coração de cada um :

1ª- Não faz sentido que não contribua para o Ofertório quem se apresenta para o «Banquete Eucarístico» (Comunhão).

2ª- Não faz sentido que alguém contribua para o Ofertório se não pode ou não quer tomar parte no «Banquete Eucarístico» (Comunhão).

Parece que uma coisa exige ou supõe a outra.

Mas, como para o «Banquete Eucarístico» é necessário e indispensável estar em graça de Deus (túnica nupcial), todo o mistério da Celebração Eucarística (Ofertório e Banquete Eucarístico), é um sério compromisso e uma exigência absoluta, que ajudam a viver na graça de Deus e promovem uma vida espiritual mais profunda e intensa, porque, por um lado, não se pode tomar parte no Banquete Eucarístico (Comunhão) sem estar em graça de Deus, e por outro lado, não tem sentido participar na Celebração Eucarística e não tomar parte no «Banquete Eucarístico» que é a Comunhão.

Assim o recomenda S. Paulo :

- Portanto, sempre que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor até que Ele venha. E, assim, todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será réu do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se cada qual a si mesmo e, então, coma desse pão e beba desse cálice. Aquele que come e bebe, sem distinguir o corpo do Senhor, come e bebe a sua própria condenação.(1 Cor.11,26-29).

Faltar a este compromisso e ser infiel a tais exigências, significa a prática do sacrilégio e a perda de todos os Frutos da Missa.

Assunto para uma séria reflexão de cada um de nós...

Jó 8

Então respondendo Bildade o suíta, disse:

Até quando falarás tais coisas, e as palavras da tua boca serão como um vento impetuoso?

Porventura perverteria Deus o direito? E perverteria o Todo-Poderoso a justiça?

Se teus filhos pecaram contra ele, também ele os lançou na mão da sua transgressão.

Mas, se tu de madrugada buscares a Deus, e ao Todo-Poderoso pedires misericórdia;

Se fores puro e reto, certamente logo despertará por ti, e restaurará a morada da tua justiça.

O teu princípio, na verdade, terá sido pequeno, porém o teu último estado crescerá em extremo.

Pois, eu te peço, pergunta agora às gerações passadas; e prepara-te para a inquirição de seus pais.

Porque nós somos de ontem, e nada sabemos; porquanto nossos dias sobre a terra são como a sombra.

Porventura não te ensinarão eles, e não te falarão, e do seu coração não tirarão palavras?

Porventura cresce o junco sem lodo? Ou cresce a espadana sem água?

Estando ainda no seu verdor, ainda que não cortada, todavia antes de qualquer outra erva se seca.

Assim são as veredas de todos quantos se esquecem de Deus; e a esperança do hipócrita perecerá.

Cuja esperança fica frustrada; e a sua confiança será como a teia de aranha.

Encostar-se-á à sua casa, mas ela não subsistirá; apegar-se-á a ela, mas não ficará em pé.

Ele é viçoso perante o sol, e os seus renovos saem sobre o seu jardim;

As suas raízes se entrelaçam, junto à fonte; para o pedregal atenta.

Se Deus o consumir do seu lugar, negá-lo-á este, dizendo: Nunca te vi!

Eis que este é a alegria do seu caminho, e outros brotarão do pó.

Eis que Deus não rejeitará ao reto; nem toma pela mão aos malfeitores;

Até que de riso te encha a boca, e os teus lábios de júbilo.

Os que te odeiam se vestirão de confusão, e a tenda dos ímpios não existirá mais.