terça-feira, 6 de dezembro de 2011

UM EXEMPLO PARA IMITAR


Aconteceu num estádio. O público comparecera para assistir disputado jogo da temporada.

Nada menos que vinte mil pessoas aguardavam.
Uma menina, de apenas 13 anos, ganhara como prêmio, a honra de cantar o Hino Nacional do País, os Estados Unidos, na abertura do grande evento.
De vestido longo, cabelo arrumado e um belo sorriso nos lábios, ela toma do microfone e inicia a execução.
Afinadíssima, sua voz se projeta, emocionada, pelo imenso estádio.
Então, o braço treme, ela engasga, esquece a letra.
A câmara televisiva a mostra em close, os olhos marejados de lágrimas, aguardando ansiosamente alguém próximo que a ajude.
Ela se vê absolutamente só. Treze anos.

Uma menina. Sozinha, ali, no meio.
O público ameaça uma vaia. E ninguém toma a iniciativa de ir até lá para ajudar. Todos ao seu redor a observam, parados.
De repente, um homem se destaca e caminha ao seu encontro. É Mo Cheeks, técnico dos Portland Trail Blazers.
Postando-se ao lado de Natalie Gilbert, a jovenzinha assustada, ele a abraça.
Ela intenta esconder o rosto em seu peito. Mas o homem alto, encorpado, começa a cantar, incentivando-a a que faça o mesmo.
Ela vacila, mas ele continua, entusiasmando-a. E, depois, com gestos, incentiva o povo a que cante junto.
E, o público, compenetrado agora, percebendo a grande lição de
solidariedade do técnico, canta.
Logo mais, o estádio inteiro forma um único coro, emocionado e
vibrante.
E Natalie Gilbert conclui o Hino. Olha para o seu salvador e diz: "Muito obrigada".

Um homem, um gesto fez a grande diferença. Aquela menina poderia sair dali
traumatizada, acreditando-se a última das criaturas, por ter falhado em hora tão importante.
Mas a alma solidária de Mo Cheeks não somente a auxiliou, tanto quanto deu uma lição a vinte mil espectadores.
Uma lição de solidariedade. Uma lição da atitude de um verdadeiro líder, de quem se importa com o outro.
Demonstrou que, quando alguém está em dificuldades, quem estiver mais próximo, tem o dever de ajudar.
Ensinou a utilizar a empatia.
Será que todas aquelas pessoas ali reunidas não pensaram, por um minuto sequer, que poderia ter acontecido com eles, se estivessem no lugar dela?
Será que tantos pais e mães ali presentes não pensaram que poderia ser a sua filha a ter aquele esquecimento?
Naquele dia, Natalie Gilbert realizou o que se propôs.
E Mo Cheeks demonstrou a diferença que faz um ser humano no Mundo.
* * *
Todos nós, onde quer que nos encontremos, podemos e devemos fazer a
diferença.
Quando todos observam alguém que perde o equilíbrio, ou tropeça e cai,
podemos ser aquele que estende os braços para amparar.
Ante alguém que derruba pacotes em plena rua, podemos ser a mão que auxilia.
Oferecer-se para trocar um pneu, providenciar algumas compras, atender uma criança por alguns momentos.
Quem de nós, onde esteja, não pode fazer algo simples, mas muito especial?
Algo que expresse que o ser humano é um ser de extraordinário
potencial de amor, que é acionado ao mais discreto movimento da necessidade alheia.
Pense nisso e, seja você, onde estiver, a criatura especial que faz a grande
diferença no Mundo.
Um exemplo para imitar. Um líder para seguir.

Jó 33

Assim, na verdade, ó Jó, ouve as minhas razões, e dá ouvidos a todas as minhas palavras.

Eis que já abri a minha boca; já falou a minha língua debaixo do meu paladar.

As minhas razões provam a sinceridade do meu coração, e os meus lábios proferem o puro saber.

O Espírito de Deus me fez; e a inspiração do Todo-Poderoso me deu vida.

Se podes, responde-me, põe em ordem as tuas razões diante de mim, e apresenta-te.

Eis que vim de Deus, como tu; do barro também eu fui formado.

Eis que não te perturbará o meu terror, nem será pesada sobre ti a minha mão.

Na verdade tu falaste aos meus ouvidos; e eu ouvi a voz das tuas palavras. Dizias:

Limpo estou, sem transgressão; puro sou, e não tenho iniqüidade.

Eis que procura pretexto contra mim, e me considera como seu inimigo.

Põe no tronco os meus pés, e observa todas as minhas veredas.

Eis que nisso não tens razão; eu te respondo; porque maior é Deus do que o homem.

Por que razão contendes com ele, sendo que não responde acerca de todos os seus feitos?

Antes Deus fala uma e duas vezes; porém ninguém atenta para isso.

Em sonho ou em visão noturna, quando cai sono profundo sobre os homens, e adormecem na cama.

Então o revela ao ouvido dos homens, e lhes sela a sua instrução,

Para apartar o homem daquilo que faz, e esconder do homem a soberba.

Para desviar a sua alma da cova, e a sua vida de passar pela espada.

Também na sua cama é castigado com dores; e com incessante contenda nos seus ossos;

De modo que a sua vida abomina até o pão, e a sua alma a comida apetecível.

Desaparece a sua carne a olhos vistos, e os seus ossos, que não se viam, agora aparecem.

E a sua alma se vai chegando à cova, e a sua vida aos que trazem a morte.

Se com ele, pois, houver um mensageiro, um intérprete, um entre milhares, para declarar ao homem a sua retidão,

Então terá misericórdia dele, e lhe dirá: Livra-o, para que não desça à cova; já achei resgate.

Sua carne se reverdecerá mais do que era na mocidade, e tornará aos dias da sua juventude.

Deveras orará a Deus, o qual se agradará dele, e verá a sua face com júbilo, e restituirá ao homem a sua justiça.

Olhará para os homens, e dirá: Pequei, e perverti o direito, o que de nada me aproveitou.

Porém Deus livrou a minha alma de ir para a cova, e a minha vida verá a luz.

Eis que tudo isto é obra de Deus, duas e três vezes para com o homem,

Para desviar a sua alma da perdição, e o iluminar com a luz dos viventes.

Escuta, pois, ó Jó, ouve-me; cala-te, e eu falarei.

Se tens alguma coisa que dizer, responde-me; fala, porque desejo justificar-te.

Se não, escuta-me tu; cala-te, e ensinar-te-ei a sabedoria.