sábado, 29 de outubro de 2011
Seja modesto na hora de avaliar seus méritos
Este Evangelho nos ajuda a corrigir um preconceito sumamente difundido: “Num sábado, Jesus entrou para comer na casa de um dos principais fariseus. Eles o observavam atentamente”. Ao ler o Evangelho a partir de um certo ponto de vista, acabou-se fazendo dos fariseus o modelo de todos os vícios, hipocrisia e falsidade. Com estes significados negativos, o termo fariseu passou a fazer parte do dicionário de nossa língua e de outras muitas.
Semelhante ideia dos fariseus não é correta. No entanto, entre eles havia, certamente, muitos elementos que respondiam a esta imagem, por isso Cristo os enfrentou. Mas nem todos eram assim. Nicodemos, que vai ver Jesus de noite e que depois o defende ante o Sinédrio, era um fariseu (cf. João 3,1; 7,50ss). Também Saulo era fariseu antes da conversão, e, certamente, era uma pessoa sincera e zelosa, ainda que não estivesse bem iluminado. Outro fariseu era Gamaliel, que defendeu os apóstolos ante o Sinédrio (cf. Atos 5,34ss).
As relações de Jesus com os fariseus não foram só de conflito. Compartilhavam muitas vezes as mesmas convicções, como a fé na ressurreição dos mortos, no amor de Deus e no compromisso como primeiro e mais importante mandamento da Lei. Alguns, como neste caso, inclusive O convidam para uma refeição em sua casa. Hoje, considera-se que mais do que os fariseus, quem queria a condenação de Jesus eram os saduceus, a quem pertencia a casta sacerdotal de Jerusalém.
Por todos estes motivos, seria sumamente desejável deixar de utilizar o termo fariseu em sentido depreciativo. Ajudaria ao diálogo com os judeus, que recordam com grande honra o papel desempenhado pela corrente dos fariseus em sua história, especialmente após a destruição de Jerusalém.
Durante a refeição, naquele sábado, Jesus ofereceu dois ensinamentos importantes: um dirigido aos convidados e outro para o anfitrião. Ao dono da casa, Jesus disse (talvez diante dele ou só em presença de Seus discípulos): “Quando deres um almoço ou um jantar, não convides seus amigos nem seus irmãos, nem seus parentes, nem os vizinhos ricos…”. É o que o próprio Jesus fez, quando convidou para o grande banquete do Reino os pobres, os aflitos, os humildes, os famintose os perseguidos.
Nesta ocasião, quero deter-me a meditar sobre o que Jesus disse aos convidados: “Se o convidam a um banquete de bodas, não se coloque no primeiro lugar…”. Jesus não quer dar conselhos de boa educação nem sequer pretende alentar o sutil cálculo de quem se põe em uma fila com a escondida esperança de que o dono lhe peça que se aproxime. A parábola nisso pode dar pé ao equívoco se não se levar em consideração o banquete e o dono dos quais Jesus está falando. O banquete é o universal do Reino e o dono é Deus.
Na vida, Jesus escolhe o último lugar, procura contentar os demais mais do que a Si mesmo. Seja modesto na hora de avaliar seus méritos, deixe que sejam os demais quem os reconheçam e não você – “ninguém é bom juiz em causa própria”, – e já desde esta vida Deus lhe exaltará. Ele lhe exaltará com Sua graça, lhe fará subir na hierarquia de seus amigos e dos verdadeiros discípulos de Seu Filho, que é o que realmente importa.
Ele lhe exaltará também na estima dos demais. É um fato surpreendente, mas verdadeiro. Não só Deus “se inclina ante o humilde e rejeita o soberbo” (cf. Salmo 107,6); também o homem faz o mesmo, independentemente do fato de ser crente ou não. A modéstia, quando é sincera, conquista e faz com que a pessoa seja amada, faz com que sua companhia seja desejada, que sua opinião seja acolhida.
Vivemos numa sociedade que tem suma necessidade de voltar a escutar esta mensagem evangélica sobre a humildade. Correr para ocupar os primeiros lugares, talvez “pisoteando” – sem escrúpulos – a cabeça dos demais, são características desprezadas por todos e, infelizmente, seguidas por muitos. O Evangelho tem um impacto social, inclusive quando fala de humildade e hospitalidade.
“Pai, faz-me humilde e discreto no trato humano. E que eu não aspire grandeza humana. Basta-me ser reconhecido e exaltado por Ti”.
Padre Bantu Mendonça
Como discernir o que é sinal de Deus?
O Senhor usa de vários meios para nos transmitir Seus designíos
Desde o início, Deus se comunica com o ser humano de forma a não somente transmitir mensagens, mas fazendo doação de Si mesmo a nós. "Por uma vontade absolutamente livre, Deus revela-se e dá-se ao homem” (Catecismo da Igreja Católica, art. Nº 50).
O Senhor usa de vários meios para nos transmitir Seus designíos e Sua Pessoa. Temos como alguns exemplos os anjos que são Seus mensageiros; os dons do Espírito Santo; a Sagrada Escritura e também a Eucaristia, sacramento de máxima entrega.
Não bastasse tudo isso, ainda há a "comunicação do amor de Deus" através de sinais. São acontecimentos que significam algo mais que o simples andamento ou consequência de fatos. Deus nos fala nas entrelinhas das ocorrências incomuns ou da rotina. Até mesmo Jesus percebeu cada passo de Seu ministério em eventos comuns que poderiam passar despercebidos, desde a falta de vinho numa festa de casamento (cf. Jo 2,1-12) até quando se aproximava o tempo certo da “Sua entrega na cruz”. Porém, é necessário ter cuidado e discernir sinceramente se estamos diante do que é um apontamento do Senhor ou se estamos nos aproveitando de um acontecimento qualquer para justificar algo que temos no coração.
Preferimos nos enganar, nomeando forçosamente simples ocorrências como resposta do Alto, dada a grandiosidade do desejo. Desviamo-nos de uma verdadeira leitura da orientação divina, nos deixando levar por ideias fixas e obstinação de coração. Quando estamos com a mente e sentimentos tomados, parece que tudo conspira e confirma na direção tanto do objeto de desejo como para traumas, complexos e impressões que trazemos. Assim, no futuro, só nos decepcionaremos com o Senhor e buscaremos culpar os homens que não nos pareceram favoráveis.
Para interpretar corretamente a fala de Deus é importante, primeiramente, nos desfazermos dos nossos apegos e conceitos tendenciosos, estarmos livres para aceitar aquilo que não nos é agradável, as exortações e a direção do que Ele quer consertar em nossa vida.
Outro ponto é cultivar uma íntima amizade com o Senhor, peça a graça de amá-Lo independente dos favores. Gaste tempo em Sua companhia e saiba que a iniciativa de sinais será sempre Dele; o que não nos isenta da necessidade de termos uma constância na oração e de nos relacionarmos com o Senhor.
Depois que Deus mesmo se encarrega do sucesso do empreendimento e da graça que Ele quer conceder, Jesus ordena a dois de Seus discípulos: ”Ide a essa aldeia que está defronte de vós. Entrando nela, achareis um jumentinho atado, em que nunca montou pessoa alguma; desprendei-o e trazei-mo. Partiram os dois discípulos e acharam tudo como Jesus tinha dito” (Lc 19,30-32). Os fatores do outro lado, no campo da missão, encontram elementos correspondentes à ordem dada por Jesus, mas isso não significa que essa providência se manifeste no primeiro momento. Deus enviou Moisés ao faraó, mas o soberano do Egito foi resistente em libertar o povo do Senhor. Podemos encontrar barreiras que o Altíssimo sinaliza como sendo Sua vontade para nós.
Na verdade, aprenderemos a interpretar corretamente os sinais com um treinamento. Com o passar do tempo, se mantivermos uma amizade verdadeira com Deus e nos exercitarmos nesse processo de intuir, empreender na ordem divina e prestar atenção aos resultados, aprenderemos a olhar um fato, desde o início, e saber se é realmente um sinal do Senhor.
O Deus a quem seguimos é bondoso e quer fazer aquilo que é o melhor para nós, por isso está em constante comunicação.
Ele é fiel e nos conduz. "Se o seu projeto ou a sua obra provém de homens, por si mesma se destruirá" (At 5, 38).
Eucaristia, força para uma vida de santidade
Só por meio da Santíssima Eucaristia, comungando frequentemente e adorando Jesus no Santíssimo Sacramento é que conseguiremos forças para prosseguir numa vida de santidade.
Se você contraísse qualquer doença grave, é certo que tomaria todos os remédios que o médico lhe indicasse. O remédio para acabar com as doenças espirituais é a Eucaristia. É o próprio Corpo e Sangue, Alma e Divindade do Nosso Senhor Jesus Cristo, remédio eficaz para o corpo e para a alma.
Comungando o Corpo do Senhor, nossos pensamentos, sentimentos, ideias e fantasias serão purificados. A descontaminação acontece pela Eucaristia.
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova
Salmos 17
Saia a minha sentença de diante do teu rosto; atendam os teus olhos à razão.
Provaste o meu coração; visitaste-me de noite; examinaste-me, e nada achaste; propus que a minha boca não transgredirá.
Quanto ao trato dos homens, pela palavra dos teus lábios me guardei das veredas do destruidor.
Dirige os meus passos nos teus caminhos, para que as minhas pegadas não vacilem.
Eu te invoquei, ó Deus, pois me queres ouvir; inclina para mim os teus ouvidos, e escuta as minhas palavras.
Faze maravilhosas as tuas beneficências, ó tu que livras aqueles que em ti confiam dos que se levantam contra a tua destra.
Guarda-me como à menina do olho; esconde-me debaixo da sombra das tuas asas,
Dos ímpios que me oprimem, dos meus inimigos mortais que me andam cercando.
Na sua gordura se encerram, com a boca falam soberbamente.
Têm-nos cercado agora nossos passos; e baixaram os seus olhos para a terra;
Parecem-se com o leão que deseja arrebatar a sua presa, e com o leãozinho que se põe em esconderijos.
Levanta-te, SENHOR, detém-no, derriba-o, livra a minha alma do ímpio, {com}) a tua espada;
Dos homens {com}) a tua mão, SENHOR, dos homens do mundo, cuja porção está nesta vida, e cujo ventre enches do teu tesouro oculto. Estão fartos de filhos e dão os seus sobejos às suas crianças.
Quanto a mim, contemplarei a tua face na justiça; eu me satisfarei da tua semelhança quando acordar.
Quando eu leio o nosso Ágape e escuto o nosso Ágape musical,
CADA DIA
"A tristeza se converterá em alegria"
Cada dia é dia de transformar as "ofensas recebidas", "mágoas e "ressentimentos" em puro perdão!
No Ágape, cada dia é dia de "disciplinarmos" nossos "sentimentos" e "emoções"!
Cada dia é dia de "oração" e de acreditar no "agir" de Deus a nosso favor!
Cada dia é dia de nos libertarmos da nossa falsa imagem de "bonzinhos", de "sem defeitos", de "saber tudo" e de "perfeccionista!"
Cada dia é dia de "confiarmos" em Deus, sem apegos, sem ciúme, sem egoísmo, sem desespero, sem vaidade, portanto é no verdadeiro Ágape.
Um forte Ágape!!!!