segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

DESCULPE, FOI ENGANO

Era uma vez um rapaz que tinha muitos problemas.

Constantemente, em suas orações, ele pedia que
Jesus viesse visitá-lo no seu sofrimento.


Um dia, Jesus bateu à sua porta. Ele, maravilhado,
convidou-o a entrar, e Jesus sentou-se no sofá da sala.

Na mesinha de centro encontrava-se uma Bíblia aberta no Salmo 91. Numa das paredes estava pendurado um bordado
com o Salmo 23 e na outra um quadro da santa ceia.

"Senhor Jesus", disse o jovem, "em primeiro lugar gostaria de dizer que é uma honra recebê-lo em minha casa, conforme o Senhor deve saber,estou passando por algumas dificuldades
e preciso muito da Sua ajuda..."

"Filho", interrompeu Jesus, "antes de conversarmos sobre os seus pedidos, gostaria de conhecer sua casa. Onde é que você dorme?"

No mesmo instante o rapaz se lembrou que guardava,
no quarto, umas revistas terríveis e se apressou
em dar uma desculpa:

"Não, Jesus, lá não! Meu quarto não está arrumado!"

"Bem", disse Jesus, "e a cozinha, posso conhecer sua cozinha?"
O rapaz lembrou que na cozinha havia algumas

garrafas de bebida que ele não gostaria que Jesus visse.

"Senhor, desculpe, mas prefiro que não", respondeu o rapaz,"a minha cozinha está vazia, não tenho nada de bom para oferecê-lhe."

Neste instante, um barulho forte interrompe a conversa.

Pam, pam, pam...! Era alguém que batia furiosamente na porta. O rapaz se levantou, assustado, e foi ver quem era.

Abriu a porta meio desconfiado, e viu que era o diabo.

"Sai da frente que eu quero entrar!", gritou o tentador.

"De jeito nenhum", respondeu o rapaz, e assim começou a briga.
Com muita dificuldade o homem conseguiu empurrar o diabo e fechar a porta.

Cansado, o rapaz voltou para a sala e continuou:

"Então, Jesus", disse ele, "como eu estava falando com o Senhor, estou precisando de tantas coisas..."

Mas, outra vez a conversa é interrompida por um barulho forte que vinha da janela do quarto.

O rapaz correu para ver quem era e ao abri-la se

deparou, novamente, com o diabo:

"Agora não tem jeito, eu vou entrar!", disse o inimigo.

Mais uma vez o rapaz se debateu com ele e conseguiu trancar a janela.

"Senhor", disse ele, "desculpe a interrupção,conforme lhe dizia..."

Outra vez, dos fundos da casa, se ouvia tamanho barulho
como se alguém quisesse arrombar a porta.
Era novamente o diabo:

"Eu quero entrar!"

O rapaz, já exausto, lutou com ele e conseguiu mantê-lo do lado de fora.

Ao voltar, contrariado, disse a Jesus:

"Eu não entendo. O Senhor está na minha casa e por que o diabo fica insistindo em entrar?"
"Sabe o que é meu filho", explicou Jesus, "é que na sua casa você só me deu a sala."

O rapaz humildemente entendeu a lição de Jesus e fez uma faxina na casa para entregá-la aos cuidados do Senhor.

Neste instante, o diabo bateu mais uma vez à porta.
O rapaz olhou para Jesus sem entender, e o Senhor disse:
"Deixa que eu vou atender."

Quando o diabo viu que era Jesus, que atendia a porta, disse:

"Desculpe, foi engano," e sumiu rapidinho.

Muitas vezes, é assim que acontece com o nosso coração.
Entregamos a Jesus só uma parte dele, apenas a sala,
ficando as dúvidas a morar no quarto, o descaso na cozinha,
o medo na varanda,então lutamos e não vencemos porque
a casa está dividida.

"Os olhos do Pai passeiam por toda a terra para se mostrar forte para com aqueles cujo coração é inteiramente seu."

Desculpe, foi engano...

Medite nisso, pois você leu esta mensagem e
não foi por engano!...

Jó 32

Então aqueles três homens cessaram de responder a Jó; porque era justo aos seus próprios olhos.

E acendeu-se a ira de Eliú, filho de Baraquel, o buzita, da família de Rão; contra Jó se acendeu a sua ira, porque se justificava a si mesmo, mais do que a Deus.

Também a sua ira se acendeu contra os seus três amigos, porque, não achando que responder, todavia condenavam a Jó.

Eliú, porém, esperou para falar a Jó, porquanto tinham mais idade do que ele.

Vendo, pois, Eliú que já não havia resposta na boca daqueles três homens, a sua ira se acendeu.

E respondeu Eliú, filho de Baraquel, o buzita, dizendo: Eu sou de menos idade, e vós sois idosos; receei-me e temi de vos declarar a minha opinião.

Dizia eu: Falem os dias, e a multidão dos anos ensine a sabedoria.

Na verdade, há um espírito no homem, e a inspiração do Todo-Poderoso o faz entendido.

Os grandes não são os sábios, nem os velhos entendem o que é direito.

Assim digo: Dai-me ouvidos, e também eu declararei a minha opinião.

Eis que aguardei as vossas palavras, e dei ouvidos às vossas considerações, até que buscásseis razões.

Atentando, pois, para vós, eis que nenhum de vós há que possa convencer a Jó, nem que responda às suas razões;

Para que não digais: Achamos a sabedoria; Deus o derrubou, e não homem algum.

Ora ele não dirigiu contra mim palavra alguma, nem lhe responderei com as vossas palavras.

Estão pasmados, não respondem mais, faltam-lhes as palavras.

Esperei, pois, mas não falam; porque já pararam, e não respondem mais.

Também eu responderei pela minha parte; também eu declararei a minha opinião.

Porque estou cheio de palavras; o meu espírito me constrange.

Eis que dentro de mim sou como o mosto, sem respiradouro, prestes a arrebentar, como odres novos.

Falarei, para que ache alívio; abrirei os meus lábios, e responderei.

Que não faça eu acepção de pessoas, nem use de palavras lisonjeiras com o homem!

Porque não sei usar de lisonjas; em breve me levaria o meu Criador.