quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Vida longa e a escolha por alimentos saudáveis têm tudo a ver
Jó 12
Então Jó respondeu, dizendo:
Na verdade, vós sois o povo, e convosco morrerá a sabedoria.
Também eu tenho entendimento como vós, e não vos sou inferior; e quem não sabe tais coisas como essas?
Eu sou motivo de riso para os meus amigos; eu, que invoco a Deus, e ele me responde; o justo e perfeito serve de zombaria.
Tocha desprezível é, na opinião do que está descansado, aquele que está pronto a vacilar com os pés.
As tendas dos assoladores têm descanso, e os que provocam a Deus estão seguros; nas suas mãos Deus lhes põe tudo.
Mas, pergunta agora às alimárias, e cada uma delas te ensinará; e às aves dos céus, e elas te farão saber;
Ou fala com a terra, e ela te ensinará; até os peixes do mar te contarão.
Quem não entende, por todas estas coisas, que a mão do SENHOR fez isto?
Na sua mão está a alma de tudo quanto vive, e o espírito de toda a carne humana.
Porventura o ouvido não provará as palavras, como o paladar prova as comidas?
Com os idosos está a sabedoria, e na longevidade o entendimento.
Com ele está a sabedoria e a força; conselho e entendimento tem.
Eis que ele derruba, e ninguém há que edifique; prende um homem, e ninguém há que o solte.
Eis que ele retém as águas, e elas secam; e solta-as, e elas transtornam a terra.
Com ele está a força e a sabedoria; seu é o que erra e o que o faz errar.
Aos conselheiros leva despojados, e aos juízes faz desvairar.
Solta a autoridade dos reis, e ata o cinto aos seus lombos.
Aos sacerdotes leva despojados, aos poderosos transtorna.
Aos acreditados tira a fala, e tira o entendimento aos anciãos.
Derrama desprezo sobre os príncipes, e afrouxa o cinto dos fortes.
Das trevas descobre coisas profundas, e traz à luz a sombra da morte.
Multiplica as nações e as faz perecer; dispersa as nações, e de novo as reconduz.
Tira o entendimento aos chefes dos povos da terra, e os faz vaguear pelos desertos, sem caminho.
Nas trevas andam às apalpadelas, sem terem luz, e os faz desatinar como ébrios.
Combatendo a decepção
Quando ela faz morada no coração tende a nos roubar o entusiasmo
Quem nunca se desencantou com alguém em quem acreditava?
Enfrentamos inúmeras situações em nossa história que, com ou sem a nossa autorização, acabam nos remetendo a este terrível sentimento: a decepção.
Quem nunca se desencantou com alguém em quem acreditava? Quem já não esperou por realidades que não se concretizaram? Quem já não fez a experiência de não ser correspondido quando amou? A decepção é um sentimento presente na vida humana e, constantemente, precisaremos aprender a bem geri-lo em nossa história.
Todos nos decepcionamos em algum momento da vida, todos experienciaremos a infelicidade de não nos sentirmos os “prediletos” em algum momento de nossa trajetória na existência. Contudo, é preciso compreender que se esse sentimento não for trabalhado e superado em nós, poderá nos marcar com desastrosas conseqüências.
A decepção é um profundo veneno! Quando a mesma faz morada no coração tende a nos roubar o entusiasmo, a alegria e o ânimo, além de nos fazer desacreditar da vida e das pessoas em geral. Ela nos leva a pensar que nossas lutas são em vão, roubando assim o sentido de nossos esforços e crenças.
Diante das desventuras e decepções precisaremos sempre contra-atacar…
É preciso destruir definitivamente alguns antigos chavões como: “Homem é tudo igual, não leva nenhuma mulher a sério”, “Meus namoros nunca dão certo”, “Eu não paro em nenhum emprego”, “O casamento é ilusão, na prática não funciona…” É preciso romper com a mentalidade negativista que a decepção acaba fabricando em nós.
Não é porque uma mulher viveu uma experiência dolorosa com um determinado homem, que todos eles (homens) “não prestem”. Existem sim homens bons… é preciso recomeçar e não se tornar escravo (a) da decepção! Não é pelo fato do casamento de algum conhecido (até mesmo o seu) não ter dado certo que o casar-se seja uma utopia irreal.
Nem todas as pessoas são ruins e falsas, e não é porque você se decepcionou uma vez que irá se decepcionar sempre…
É preciso acreditar na vida, na família, nas pessoas, em Deus!
Não temos o direito de desistir de amar pelo fato de termos vivido experiências difíceis. É preciso tentar de novo, acreditar, recomeçar.
Amanhã poderá ser melhor, poderá sim… A cada novo dia que se inicia Deus nos dá a oportunidade de reescrevermos nossa história e, com Ele, poderemos sim dar cor e vida ao que antes era dor e ausência.
Deus é fiel e, diante das desventuras que enfrentamos, Ele estará sempre pronto a abrir novos caminhos para que possamos recomeçar. É preciso acreditar… e não parar na decepção.
É preciso acreditar e não deixar a doçura presente nos dias se amargar…
Poderá ser diferente… é preciso acreditar, sempre!

Padre Adriano Zandoná
A confiança na Divina Misericórdia
Não devemos colocar a nossa confiança nas coisas passageiras
Uma das características fundamentais da devoção da Divina Misericórdia é a confiança. Sempre que falamos de confiança, e procuramos um símbolo, algo a quem podemos associar esta palavra, nos lembramos da criança, da sua atitude de lançar-se sem medo nos braços dos pais. É a mesma atitude que Deus espera de cada um de nós se queremos que Ele esteja sempre ao nosso lado. “Estarei sempre a teu lado se fores sempre como uma pequena criança e de nada tiveres medo, assim como fui aqui teu princípio, assim também serei teu fim. Não dependas das criaturas, ainda que seja na mínima coisa, porque isso não me agrada” (Diário de Santa Faustina, número 294).
Jesus promete estar sempre ao nosso lado se formos sempre como uma pequena criança e de nada tivermos medo, pois, assim como Ele foi o princípio da nossa vida, Ele também será seu fim.
Para que fique bem claro que não devemos colocar a nossa confiança e esperança nas coisas passageiras deste mundo, para que não venhamos a nos decepcionar e, desta forma, acusar a Deus de nos ter abandonado, Ele nos diz: “Não dependas das criaturas, ainda que seja na mínima coisa, porque isso não me agrada”. Não agrada a Jesus que dependamos das criaturas, ainda que seja nas mínimas coisas. E o Senhor conclui dizendo: “Quero ficar só Eu na tua alma” (D., número 295).
Jesus nos conhece perfeitamente e sabe que as nossas relações humanas estão, muitas vezes, viciadas, a ponto de até dependermos emocionalmente das pessoas. Ele quer nos libertar disso, pois a nossa felicidade está somente em sermos totalmente de Deus. Por isso, Cristo nos alerta sobre a necessidade de sermos como as crianças, despreocupadas e desapegadas em relação às pessoas. Se observarmos uma criança brincando, ela não quer saber de nada nem de ninguém a não ser de brincar. “A criança não se preocupa com o passado nem com o futuro, mas aproveita o momento presente” (D., n. 333). Elas nos ensinam concretamente a viver a palavra do Evangelho: “A cada dia basta suas próprias preocupações”.
Devemos aprender esta realidade: só é nosso o momento presente. O passado não está nas nossas mãos e não podemos corrigir os erros que cometemos, pois nos resta apenas colocar todo o nosso passado na Misericórdia de Deus. O futuro ainda não chegou. O futuro a Deus pertence. Devemos aproveitar o momento presente. Quem vive no (e para o) momento presente vive com uma confiança absoluta de que Deus não nos deixa faltar nada, pois Ele cuida de cada pequeno detalhe de nossa vida.
Esta é a verdade que eu devo assumir na minha vida. Deus cuida de mim, da minha parte quer somente que n'Ele confie.
'Causa-Me prazer as almas que recorrem à Minha misericórdia. A estas almas concedo graças que excedem os seus pedidos'. (D., n. 1146).
Padre Antônio de Aguiar Pereira
Palotino da Paróquia da Divina Misericórdia RJ