quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Com a graça de Deus tudo podemos

Todos nós somos necessitados da graça de Deus e em todos os momentos, principalmente quando não sabemos como proceder nas situações, precisamos rezar: “Senhor, eu confio na vossa graça” (Sl 12).

Com a graça de Deus podemos tudo, mas sem ela a menor ação fica impossível realizarmos. “O Espírito vem em socorro da nossa fraqueza” (Rm 8,26). Clamemos incessantemente o Espírito Santo em tudo o que formos fazer, das menores às maiores coisas, para que Ele nos conduza e nos fortaleça.

Vinde, Espírito Santo, e nos ilumina, porque sozinhos não somos capazes de uma boa ação.

Obrigada, Jesus, porque o Seu amor nos sustenta a cada momento.

Precisamos abrir-nos para a grande graça do Senhor Na Última Ceia, Jesus não apenas tomou o pão e disse: “Isto é o meu corpo, que é dado por vós” (Lc

Na Última Ceia, Jesus não apenas tomou o pão e disse: “Isto é o meu corpo, que é dado por vós” (Lc 22,19b), mas também: “Fazei isto em memória a mim” (Lc 22,19b). Jesus queria que aqueles apóstolos fizessem o que Ele fez. Portanto, já eram sacerdotes desde aquele momento. No dia da ressurreição, Cristo soprou sobre eles e, então, receberam o Espírito Santo. Imediatamente, Jesus disse: “A quem perdoardes os pecados, serão perdoados” (Jo 20,22). Eles receberam, como sacerdotes, também o poder de perdoar os pecados.

Depois da ascensão de Jesus Cristo, os apóstolos vão para o Cenáculo, como o Senhor lhes ordena. Passam algum tempo orando junto com Maria, a Mãe de Jesus. No dia de Pentecostes, o Espírito Santo foi derramado sobre eles e todos ficaram repletos dele (cf. At 2,1-4). Os mesmos apóstolos que na Última Ceia tinham recebido de Jesus a ordenação sacerdotal, foram os mesmos sobre os quais Cristo soprou depois da ressurreição, dizendo: “Então, soprou sobre eles e falou: ‘Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, serão perdoados; a quem os retiverdes, ficarão retidos” (Jo 20,22-23).

No dia de Pentecostes, receberam algo novo. Porém, “dentro de poucos dias sereis batizados com o Espírito Santo” (At 1,5b).

Portanto, até mesmo um sacerdote que recebeu de Jesus o poder de celebrar a Eucaristia e de perdoar os pecados pode e precisa de outra graça: o batismo no Espírito Santo. Assim aconteceu também comigo. Depois do meu sacerdócio, que aconteceu no dia 2 de novembro de 1971, quando já estava trabalhando havia sete anos pelo Senhor, recebi a graça de ser batizado no Espírito Santo. Dou graças a Deus por isso.

Aqueles apóstolos – preparados por Jesus durante três anos e ordenados por Ele na Última Ceia – receberam no dia de Pentecostes a grande graça: o batismo no Espírito Santo. Isso nos vem dizer que todos nós precisamos do Espírito Santo. Temos de deixar as discussões e abrir-nos para a grande graça do Senhor, especialmente nestes tempos de grandes dificuldades que enfrentamos.

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

Padre Reginaldo Manzotti

Tomo Posse da Graça de Deus

Jesus chora por Jerusalém e por cada um de nós

Após apresentar a denúncia de Jesus sobre a infidelidade de Israel, Lucas insere este diálogo envolvendo alguns fariseus e Jesus. Estes fariseus simulam proteger o Senhor das ameaças de Herodes, preposto do império romano, com autoridade sobre a Galileia.

Herodes já havia mandado matar João Batista, e Jesus, cuja prática se assemelhava à de João, estava também ameaçado. Com um forte propósito de terminar a Sua missão, Jesus diz: “Vão e digam para aquela raposa que eu mandei dizer o seguinte: ‘Hoje e amanhã eu estou expulsando demônios e curando pessoas e no terceiro dia terminarei o meu trabalho’”.

A resposta de Jesus é um recado a ser dado a Herodes por estes fariseus, que Jesus percebe estarem fazendo o jogo de Herodes. Jesus chama Herodes de raposa e, com uma frase repetida, afirma que continuará Seu ministério e Seu caminho rumo a Jerusalém.

A morte não O intimida. Sabe que está mais próxima a morte por parte dos chefes religiosos de Jerusalém do que por parte de Herodes. Com uma sentença em estilo profético, Jesus ainda faz a Jerusalém um apelo à conversão. Capital do Judaísmo, Jesus caracteriza Jerusalém como a cidade que mata os profetas.

Poderíamos assim dizer que Ele “nem estava aí” tanto pelo que Herodes haveria de lhe fazer quanto do que o povo dizia. Ele está a caminho de Jerusalém. Com o Seu ensinamento, revela a Sua rejeição pelo Judaísmo e a Sua acolhida por parte dos gentios. Mais do que a Herodes, Jesus sabe que paira sobre si a ameaça de morte por parte das autoridades religiosas com sede em Jerusalém. E então o clamor de indignação de Jesus: “Jerusalém, Jerusalém, que mata os profetas e apedreja os mensageiros que Deus lhe manda! Quantas vezes eu quis abraçar todo o seu povo, assim como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das suas asas, mas vocês não quiseram!”

Os judeus eram os escolhidos de Deus. A este povo Ele tirou do Egito, conduziu-os à terra prometida e livrou-os dos inimigos. Sobretudo, a este povo Deus prometeu e enviou o Salvador Jesus. Porém, eles não foram gratos a Deus.

Os judeus desprezaram Jesus e não O aceitaram como o seu Salvador. Quando Ele esteve aqui na terra, dedicou muito tempo à cidade de Jerusalém. Durante três anos ensinou ao povo, no Templo, o amor de Deus e a necessidade do arrependimento.

Jesus se preocupou com este povo, porque viu que os seus corações estavam endurecidos. O povo de Jerusalém se tornara materialista, ocupando-se demais com as coisas do mundo e esquecendo-se do Senhor.

A preocupação com as coisas materiais era tão grande que haviam tornado até o próprio Templo uma casa de comércio. Em lugar de usar o Templo para a pregação da Palavra de Deus, usavam-no para fazer dinheiro, vendendo e comprando objetos.

Jesus chamou várias vezes este povo ao arrependimento, mostrando-lhes o perigo que estavam correndo e a necessidade de se voltarem para Deus. Porém, o povo permaneceu indiferente. Não se arrependeu, não reconheceu os seus pecados nem se voltou para Ele.

Jesus esperava que eles chorassem de arrependimento, mas como não choraram, Jesus chorou por eles. Chorou de pesar, de tristeza e compaixão.

Padre Bantu Mendonça


http://blog.cancaonova.com/homilia/2011/10/27/jesus-chora-por-jerusalem-e-por-cada-um-de-nos/

Adoração ao Santíssimo Sacramento.


A Igreja nos ensina que “A reserva do Corpo de Cristo para a Comunhão dos enfermos criou entre os fiéis o louvável costume de se recolherem em oração para adorar Cristo realmente presente no Sacramento conservado no sacrário. Recomendada pela Igreja aos Pastores e fiéis, a adoração do Santíssimo é uma alta expressão da relação existente entre a celebração do sacrifício do Senhor e a sua presença permanente na Hóstia Consagrada”


De fato, na Eucaristia, o Filho de Deus vem ao nosso encontro e deseja unir-Se conosco; a adoração eucarística é apenas o prolongamento visível da celebração eucarística, a qual, em si mesma, é o maior ato de adoração da Igreja: receber a Eucaristia significa colocar-se em atitude de adoração d’Aquele que comungamos. Precisamente assim, e somente assim, é que nos tornamos um só com Ele e, de algum modo, saboreamos antecipadamente a beleza da liturgia celeste. O ato de adoração fora da Santa Missa prolonga e intensifica aquilo que se fez na própria celebração litúrgica. Com efeito, “somente na adoração pode maturar um acolhimento profundo e verdadeiro. Precisamente neste ato pessoal de encontro com o Senhor amadurece depois também a missão social, que está encerrada na Eucaristia e deseja romper as barreiras, não apenas entre o Senhor e nós mesmos, mas também, e sobretudo, as barreiras que nos separam uns dos outros”.


Na Bíblia não vamos encontrar literalmente a expressão: “adoração ao Santíssimo Sacramento”. Mas, na verdade, o que é o Santíssimo Sacramento? É Deus presente no meio do seu povo. É Jesus atuando na história. Portanto, vamos encontrar na Bíblia diversos textos que nos sugerem adoração a Deus. De fato, somente a Deus devemos adorar. Adorar a Deus é o máximo que podemos fazer enquanto passamos pelos caminhos da existência terrestre.

COMO PREPARAR-SE PARA PRATICAR A ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO SACRAMENTO ?

É recomendável, para um aproveitamento mais eficaz da devoção eucarística, que os adoradoresestejam em estado de graça, ou seja, que pratiquem a confissão sacramental com mais freqüência,busquem viver uma vida digna, sejam testemunhas fiéis, sejam assíduos à leitura orante da Bíblia.
QUAI OS BENEFÍCIOS E EFEITOS DA ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO SACRAMENTO ?

Adorar Jesus no Santíssimo Sacramento, além de nos encher de alegria, também sentimos amadurecer nossa união com Ele; somos mais livremente conduzidos à celebração da Eucaristia e saudavelmente crescemos no amor a Deus e ao próximo. Em outras palavras, essa relação pessoal com o Senhor favorece um contínuo crescimento na fé e prolonga a graça do Sacrifício Eucarístico celebrado especialmente no Domingo.

A Eucaristia estimula à conversão e purifica o coração. Reaviva nosso coração e nos impulsiona à celebração da Missa Dominical. O ato de adorar Jesus no Santíssimo Sacramento nos aproxima de Deus Pai, abre nosso coração para a ação do Espírito Santo, faz arder nosso coração quando lemos as Escrituras, especialmente os Santos Evangelhos, impulsiona-nos para irmos ao encontro dos irmãos, especialmente os mais necessitados, firma-nos como discípulos e nos faz ardorosos missionários. Nosso “encontro com o Senhor, presente na Eucaristia, amadurece também a missão social, que está encerrada na Eucaristia e deseja romper as barreiras não apenas entre o Senhor e nós mesmos, mas também e, sobretudo, as barreiras que nos separam uns dos outros”(Bento XVI).

" Felizes aqueles que crêem sem ter visto” (Jo 20,29) "

Se você não leu o nosso Ágape em oração e de coração,

Não sabe o que está perdendo.

Leia o nosso Ágape e Deus abençoe!

• O VERBO DIVINO >>>> Âncora do Amor

• BODAS DE CANÁ >>>> Maria de Nazaré / Maria da Minha Infância

• A SAMARITANA >>>> Rios de Águas Vivas / O meu lugar é o céu

• A MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES >>>> Faz um Milagre em mim

• A MULHER ADÚLTERA >>>> Misericórdia / Eu te amo tanto

• O BOM PASTOR >>>> Meu Mestre

• RESSURREIÇÃO DE LÁZARO >>>> Levanta e Anda

• JESUS LAVA OS PÉS >>>> Força e vitória

• AMOR FRATERNO >>>> Sou teu anjo

• CRUCIFICAÇÃO >>>> Te louvarei

• APARIÇÃO AOS DISCÍPULOS >>>> Sorrir como Jesus sorria

• PROFISSÃO DE AMOR DE PEDRO >>>> Incendeia a minha alma

Um forte Ágape!!!!

Dois amores que se completam

Sem o amor ao próximo não existe amor a Deus

No Antigo Testamento, na TORÁ (Lei mosaica), havia 613 preceitos ou mandamentos: 248 prescrições positivas e 305 proibitivas. Já se falava e praticava o amor a Deus e ao próximo, até mesmo de grupos que priorizavam um ou outro. No Evangelho São Mateus (conf.Mt 22,34-40), todos - fariseus, escribas e especialista na Lei -, concordavam que o maior mandamento era o amor a Deus, como está em Dt.6,5. O grupo de fariseus que perguntam a Jesus qual deles era o maior, interrogaram-No com intenção maldosa, maliciosa, fazendo uma armadilha para acusá-Lo em alguma coisa. O Senhor, no entanto, percebendo a malícia da pergunta, os desarma e os desmascara com Sua resposta. Jesus equiparou o amor a Deus ao amor ao próximo; ambos estão no mesmo plano, são o resumo de todos os preceitos. "Toda lei e os profetas dependem desses dois mandamentos", quer dizer, toda a Escritura.

Há mais de 20 anos a.C, o rabino Hilel já ensinava: "não faças a outro o que não queres para ti. Isto é toda a Lei; o resto é comentário”. Jesus devia conhecer tal afirmação contida em Lv.19,18. No entanto, foi mais além ao afirmar que o segundo mandamento, "amar ao próximo" é semelhante e se equipara ao primeiro (amar a Deus). Amar a Deus e ao próximo. Explicitando, quer Jesus afirmar e ensinar: amar ao Senhor servindo ao próximo; amar a Deus no próximo. São dois amores que se completam. Um não existe sem o outro, ou então, um se manifesta através do outro. O amor a Deus passa necessariamente pelo amor ao próximo, “a fim de que um dia entremos em plena posse do mistério que agora celebramos”.


De fato, sem o amor ao próximo não existe amor a Deus, nem lei, nem fidelidade; é tudo mentira, como diz a Primeira Carta a João 4,20. O que Jesus propõe é muito claro: precisamos amar o próximo com a totalidade do nosso ser (inteligência,vontade e afeto). Jesus exige que amemos até os próprios inimigos, do mesmo modo como Deus os ama (Mt.5,44-48). Mas este amor deve ser traduzido em gestos concretos de fraternidade e solidariedade. Só assim será sinal do nosso amor a Deus.


O amor ao Senhor e ao próximo são como uma moeda de duas faces. Um amor não se opõe ao outro, completam-se. Nosso amor a Deus é fonte de serviço ao próximo. Assim como o nosso amor a Deus exige o nosso encontro com Ele, assim também devemos nos fazer próximos do outro. Apenas frequentar a Igreja e não se interessar pelo próximo é enganar a si próprio.

Dom Eurico S. Veloso
Arcebispo Emérito de Juiz de Fora (MG)


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