Uma pequena viagem colateral
Há alguns anos, meu pai, Kenneth E. Hagin, disse: "Filho, Deus ordenou que eu começasse
uma escola para ministros. Deus quer que você trabalhe para isso, seja o chefe dela e a construa". Eu falei: "Eu sei disso". Minha esposa e eu já sabíamos disso há alguns meses. Estávamos só esperando que papai ouvisse de Deus. Alguém pode dizer: "Bem, como é possível que seu pai fosse tão lento, se você já sabia há meses?"
Bem, deixe-me dizer-lhes uma coisa: é nesse ponto que muitas pessoas se deparam com situações difíceis. Vou levá-lo para uma pequena viagem colateral e mostrar-lhe algo que pode ajudá-lo com a sua família. Para papai, nada melhor do que ver o próprio filho dirigir aquela escola. E ver seu próprio filho (no âmbito natural) seguir as suas pegadas. Mas eu quero lhe dizer que, se Deus não estivesse naquele empreendimento, o ministério dele, o meu ministério e o de todos os demais que estavam em contato conosco seriam prejudicados. Por isso, ele demorou a tomar uma decisão, pois queria estar certo de que não era fruto da sua cabeça, como um pai natural. Ele queria estar certo de que a idéia vinha do seu coração (espírito). Assim, levou um tempo para assegurar-se de que estava correto.
Nós começamos a escola e, um dia, eu caminhava, quando minha secretária disse: "Ken, aqui estão às estatísticas". Eu comecei a rir, porque eu já tinha analisado na minha mente, e sabia o que era. Ela falou: "Aqui está. Há mais gastos do que rendimentos. Este mês serão oito mil dólares desembolsados. Isso é mais do que ganhamos".
Peguei aquele pedaço de papel, e caminhei para o meu escritório. Afastei a cadeira, sentei-me diante da mesa, apanhei o livro-caixa e coloquei-o bem na minha frente. Empurrei minha cadeira mais um pouco para trás e disse: "Agora, Deus, aqui está. Tu podes lê-lo. Eu não tenho que Te dizer o que é. Tu sabes: aqui está. Os dados mostram que, temos oito mil dólares para pagar; isso é mais do que está entrando este mês. Agora, Pai celestial, os fatos existem e estão em preto, branco e vermelho. Estão aí".
Para você que não entende de contabilidade, eu tinha relatórios contábeis que demonstravam dados escritos em preto e, mais abaixo, havia uma referência em vermelho com parênteses vermelhos em volta! Aquilo queria dizer que eu não tinha todo aquele dinheiro na conta! Olhei para cima e disse: "Está bem, Deus, é isso aí. No entanto, considerando os fatos maiores da Palavra de Deus, os quais tenho pregado e ensinado, digo com minha boca, de acordo com as Escrituras: quando este mês terminar, nós pagaremos todas as contas, e ainda vamos ter no banco o que temos agora. Acertaremos todas as contas, pagaremos os oito mil dólares extras e ainda teremos no banco o que temos agora".
Alguém disse: "É muita coragem!".
Sim, para mim foi. Mas eu estava colocando a minha fé da possibilidade naquilo. Peguei o livro-caixa e o devolvi ao escritório, coloquei-o sobre a mesa da secretária e disse: "Já está sendo providenciado. Coloque-o na gaveta do arquivo".
Durante o mês inteiro, todas as vezes que eu destrancava a porta e dirigia-me ao escritório da secretária, eu tinha de passar bem do lado do armário de arquivo no qual se encontrava o livro-caixa que continha tudo! Eu sabia o que tinha de fazer: abrir aquela gaveta e verificar quanto estava entrando. Estava Já! Escrito! Eu podia saber exatamente quanto estava entrando todos os dias. Eu destrancaria a porta e, enquanto andasse perto daquele armário de arquivo, o diabo me reteria, dizendo: "Ei, por que você não verifica? Por que você não constata para saber ao certo?".
Eu disse: "Diabo, eu já tomei conta do problema. Não preciso constatar se esta entrando
dinheiro. Eu sei que está, porque a fé da possibilidade fala e acontece!".
Deus disse: "Faça-se..." e assim foi. Jesus disse à figueira: "Seque..." e assim foi. Uma vez que você toma posse desse princípio, e aprende a viver com ele, verá algumas coisas mudarem na sua vida. Caminhei direto para o meu escritório, peguei os livros, fui para a sala e dei aula. Eu gostaria de ter tirado aquele armário de arquivo do lugar, mas não teria adiantado. Satanás ainda me molestaria. Eu sabia que seria necessário passar por perto daquela coisa vinte ou trinta vezes por dia e, em todas elas, o diabo saltaria no meu ombro e começaria a chamar-me. Eu diria: "De acordo com a Palavra de Deus, está suprido".
Era o final do mês. Eu sabia que minha secretária estava fazendo balanço e finalizando o relatório mensal. Sentado no meu escritório tomando conta dos negócios, ouvi alguém na porta. Lá estava ela, em pé, com um sorriso enorme no rosto. Colocou o relatório sobre a mesa, no entanto, eu não precisava olhar para saber. Veja: eu tinha tomado conta da situação no primeiro dia do mês. Na verdade, foi um dos meses mais curtos (fevereiro). Eu nem peguei no relatório! Comecei a louvar a Deus. "Eu Te agradeço Jesus!" Eu disse para o diabo: "Veja, diabo, eu lhe falei. Há vinte e oito dias, disse-lhe que a situação já estava resolvida. Você tentou molestar-me. Agora, verificarei esses papéis e verei quanto o Senhor depositou a mais".
Pagamos todas as contas que havia, e ficamos com uma quantia maior que a do começo do mês no banco!
Agora, eu quero dizer-lhe algo: se eu tivesse aberto aquela gaveta uma única vez, olhado ou não para o livro; se eu tivesse parado um pouquinho para olhá-lo e retrocedido na minha fé, alcançando e abrindo aquela gaveta, eu poderia ter esquecido o propósito. Teria cedido ao diabo, e a minhafé da possibilidade teria desaparecido. A fé da possibilidade tem de estar no seu coração, e você precisa exercitá-la.
Se você não está recebendo, é porque não está acionando a fé que existe no seu coração. Você não está realmente crendo para si. Está querendo que alguém creia por você, em vez de crer por si mesmo.
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