domingo, 22 de maio de 2011

“QUANDO DIGO, DEUS”


“QUANDO DIGO, DEUS”

os olhos se fecham, e a luz me ilumina.

“QUANDO DIGO, DEUS”

vejo meu tamanho real

e espanto-me com minha vaidade.

“QUANDO DIGO, DEUS”

minha ignorância

me envergonha.

“QUANDO DIGO, DEUS”

meu orgulho se abate.

“QUANDO DIGO, DEUS”

minha angústia de futuro se alivia

“QUANDO DIGO, DEUS”

a correria desenfreada da vida

perde o sentido.

“QUANDO DIGO, DEUS”

a ambição que atormenta desaparece.

“QUANDO DIGO, DEUS”

a arrogância...

se dissolve

no ar.

“QUANDO DIGO, DEUS”

a prepotência... se desfaz na poeira.

“QUANDO DIGO, DEUS”

os caminhos se abrem para novos destinos.

“QUANDO DIGO, DEUS”

a chama do amor

“QUANDO DIGO, DEUS”

começa a aquecer devagar.

“QUANDO DIGO, DEUS”

a vida

se transforma numa caminhada mais leve.

“QUANDO DIGO, DEUS”

olho

meus companheiros

com esperança

e afeto.

“QUANDO DIGO, DEUS”

os braços

se abrem

para as crianças.

“QUANDO DIGO, DEUS”

o pão fica mais saboroso em minha boca.

“QUANDO DIGO, DEUS”

o canto embala o meu trabalho.

“QUANDO DIGO, DEUS”

o sono vem e alivia o meu cansaço.

“QUANDO DIGO, DEUS”

o abraço e o beijo se purificam.

“QUANDO DIGO, DEUS”

a palavra amor

faz sentido.

“QUANDO DIGO, DEUS”

minha voz é uma canção levada pelo vento.

“QUANDO DIGO, DEUS”

a noite cai em silêncio,

e a paz invade meu coração.

“QUANDO DIGO, DEUS”

é como se visse o milagre do amanhecer.

“QUANDO DIGO, DEUS”

não preciso dizer mais nada.

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