segunda-feira, 30 de maio de 2011

Invocações ao Coração de Jesus



Ladainhas são formas curtas de preces, invocações que foram sendo recolhidas e sistematizadas ao longo do tempo. São orações feitas geralmente em dois coros, em que contemplamos algum mistério de nossa Salvação; clamamos a ajuda ou intercessão de Maria Virgem, dos santos, dos anjos, exaltamos as virtudes de Cristo. Ladainhas podem ser rezadas em grupo ou como oração pessoal.

A ladainha do Sagrado Coração de Jesus proclama, em 33 invocações, este amor humano-divino – o “Coração Transpassado".

Os comentários sobre esta ladainha foram elaborados por Ir. Ofélia de Carvalho, ASCJ. É um complemento para a compreensão da teologia do Sagrado Coração.
1- Coração de Jesus, Filho do Pai eterno, tende piedade de nós!
Jesus, o Filho Amado, vem ensinar-nos a conhecer e amar o Pai. Jesus assumiu a nossa natureza humana. Sendo Deus, fez-se homem; aceitou um coração que lhe pulsasse no peito. O amor divino do Pai e do Filho assumiu o tamanho das necessidades humanas, com um coração tão próximo e tão semelhante ao nosso que o levou a convidar-nos: “Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração”.
A natureza divino-humana de Jesus forma uma união inseparável. Jesus é o Filho Eterno do Pai. Seu Coração é Divino e Humano.
2- Coração de Jesus, formado pelo Espírito Santo no seio da Virgem Mãe, tende piedade de nós!

Deus Pai, em sua infinita ternura, encarregou o Espírito Santo de formar o Coração de Jesus, e torná-Lo símbolo do infinito amor de Deus por nós e o mais perfeito receptáculo do amor de Deus Pai.
Foi por obra do Espírito Santo que Maria Virgem Imaculada concebeu o Filho de Deus. Com a sua natureza humana, Jesus pôde realizar a obra da nossa salvação. Sua vitória sobre a morte confirma seu poder divino de Filho de Deus, da mesma natureza do Pai.
3- Coração de Jesus, unido substancialmente ao Verbo de Deus, tende piedade de nós!
Em Jesus Cristo, o Filho de Deus, há duas naturezas: A divina e a humana. São duas naturezas completas. Nele está a natureza humana com a vontade humana, as faculdades, os sentidos; também a natureza Divina com sua infinita força, poder, justiça, misericórdia e sabedoria. É o próprio Verbo, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro. Jesus Cristo é consubstancial ao Pai.
4- Coração de Jesus de majestade infinita, tende piedade de nós!
Na Transfiguração no Monte Tabor Jesus revela sua “Majestade Divina” e a sua realeza. Os apóstolos, Pedro, Tiago e João O reconhecem na voz do Pai e na beleza indescritível de seu rosto resplandecente de luz; na beleza de sua pessoa, de suas vestes que se tornaram brancas como a neve e exclamam: Mestre, Tu és o Filho de Deus; Tu és o Rei de Israel. (João, 1-49).
A Majestade do Coração de Jesus revela-se em sua mais profunda e aparente derrota. No momento em que seus inimigos proclamavam vitória porque o Mestre incômodo havia dado o último suspiro, ouve-se a voz de um pagão: “Na verdade este homem era justo. (Lc. 23,47)
5- Coração de Jesus, Templo Santo de Deus,tende piedade de nós No Antigo Testamento, o centro do culto a Deus era o Templo de Jerusalém. No Novo Testamento, é o Sacrário ou Tabernáculo, onde se guardam as Espécies Sagradas, a Eucaristia, ou o Santíssimo Sacramento. Jesus é o templo do Deus Vivo, o Tabernáculo do Altíssimo. No seu Coração, o Pai é glorificado por todo e sempre; o próprio Cristo o diz: “Glorifiquei-Te sobre a terra” (João 17,4).
6- Coração de Jesus, Tabernáculo do Altíssimo, tende piedade de nós
No Antigo Testamento, o centro do culto a Deus era o Templo de Jerusalém. No Novo Testamento, é o Sacrário ou Tabernáculo, onde se guardam as Espécies Sagradas, a Eucaristia, ou o Santíssimo Sacramento. Jesus é o templo do Deus Vivo, o Tabernáculo do Altíssimo. No seu Coração, o Pai é glorificado por todo e sempre; o próprio Cristo o diz: “Glorifiquei-Te sobre a terra” (João 17,4).
7- Coração de Jesus Casa de Deus e Porta do Céu, tende piedade de nós!
O mundo é um imenso caminho, onde somos todos peregrinos. Um dia, mais cedo ou mais tarde, teremos que deixar o invólucro do nosso corpo mortal, para entrar na vida definitiva. Em cada coração dorme o anseio de uma vida sem fim.
Jesus é a Porta do Céu. E como portas devem ser abertas, ei-Lo, apresentando-nos o seu Coração sempre aberto pela lança. Esta é a porta para a felicidade eterna.
8- Coração de Jesus, Fornalha ardente de Caridade, tende piedade de nós!
Na ardente fornalha da caridade sem margens do Coração de Jesus está a fonte que sacia todas as sedes de amor e todas as fomes que torturam as almas. Nele está a resposta aos gritos dos desiludidos, dos abandonados e dos desesperados, porque Jesus assumiu todas as nossas desilusões e desesperanças, para dar-nos em troca a sua caridade, a sua infinita e terna caridade
9- Coração de Jesus, Receptáculo de Justiça e de Amor, tende piedade de nós!
Cada coração humano é chamado a bater ao ritmo da justiça e do amor. Por ele se mede a verdadeira dignidade do ser humano. O Coração de Jesus bate ao ritmo da justiça e do amor, conforme a própria medida divina. Ele é o Coração do Homem-Deus e Nele se realiza plenamente toda a justiça de Deus em relação ao homem e a justiça do homem em relação a Deus. Essa justiça é o dom do Amor que, através do Coração de Jesus, entra na história da humanidade como um amor subsistente: Deus amou tanto o mundo que lhe deu seu Filho Único (Jo3, 16).
10- Coração de Jesus, cheio de Bondade e de Amor, tende piedade de nós!
O Coração de Jesus é “fornalha ardente de caridade”, pois possui alguma coisa da natureza do fogo, que arde e se consome para iluminar e aquecer. A plenitude da caridade de Cristo manifestou-se pelos gestos de bondade para com os necessitados: os pobres, os marginalizados os excluídos...
11- Coração de Jesus, abismo de todas as virtudes, tende piedade de nós!
Quando paramos para observar crianças que brincam, percebemos que elas já manifestam reações e comportamentos de bondade ou não. Algumas são mandonas, tirânicas, invejosas, egoístas, fofoqueiras e orgulhosas... Isto prova que fomos marcados pelo pecado original e que o exercício da virtude deve ser iniciado no berço.
Contemplamos Jesus como modelo de todas as virtudes. Ele é o Filho Santo; três vezes Santo, ou seja, perfeito. Seu coração é um abismo de virtudes. Abismo, como símbolo de profundidade e infinitude. A nascente condutora da qual jorram as virtudes do Coração de Jesus, é a sua obediência à vontade do Pai.

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